Tuesday, December 30, 2014

Espionagem Digital




O que é espionagem digital afinal? O que mudou no mundo da espionagem desde o episódio do Garganta Profunda, fonte secreta do Washington Post sobre o escândalo do Watergate e mais recentemente do caso Julian Assange e do Edward Snowden? E no âmbito empresarial, que vai de casos como de Madame Coco Chanel à Petrobras?

Tomar conhecimento de uma informação sigilosa obtida de forma privilegiada seria o conceito básico de espionagem. Em seguida, surge a relação de interesse sobre a informação, para quem a mesma possa agregar valor, se tornar um conhecimento. Por isso que, hoje, a espionagem vem muitas vezes abraçada com o conceito de vazamento de informação, que significa revelar para terceiro não autorizado uma informação sigilosa obtida de forma legítima ou clandestina mas sem a ciência do proprietário da mesma que ela seria compartilhada com outros ou tornada pública. 

Apesar do dano que a espionagem pode gerar, claro que há casos excepcionais em que os fins justificam os meios, e que, se não fosse a espionagem, não teria como as pessoas saberem a verdade dos fatos.
Logo, conforme os manuais militares, espionar envolve diretamente um serviço de inteligência. Ou seja, de obtenção de informação. E se proteger contra espionagem envolve um serviço de contra-inteligência, ou seja, de segurança da informação. E um não existe sem o outro. Isso mostra que praticamente estamos o tempo todo na Sociedade do Conhecimento ou espionando ou sendo espionados. É bem difícil manter uma posição totalmente neutra.

Sendo assim, se espionagem é uma técnica, um modus operandi, que hoje tem cada vez mais ferramentas tecnológicas para ser executada, ela representa poder e pode determinar o domínio político ou económico de uma instituição sobre outra (no caso de espionagem industrial ou comercial) ou mesmo de um país sobre o outro, podendo chegar a gerar no último caso a uma guerra digital, que é a guerra dos dados.
Segundo relatório do FBI, quanto mais conectados estamos, maior a possibilidade de estarmos sendo espionados eletronicamente, o que é facilitado pela falta de hábito de segurança digital em um nível endêmico-cultural. 

Dito isso, quando um ato de espionagem entre países seria legítimo? Haveria uma forma tornar a espionagem legal? Vide os casos recentes envolvendo Alemanha, China, Estônia, Nova Zelândia, Austrália, Índia, Irã, Iraque, Rússia, como fica a legislação não apenas de cada país, mas em nível global?

Vejamos o efeito 11/9 que gerou o Patriot Act nos EUA, em que a seção 215 dá poder jurídico para a Autoridade Americana usar qualquer meio que a permita ter acesso ilimitado a uma informação que possa contribuir com a proteção ou segurança nacional dos EUA. Em outras palavras, dá carta branca para olhar qualquer tráfego de dados que possa ser relevante em uma investigação para combate a ameaças à segurança nacional (que traduzimos hoje em combate ao terrorismo). 

O que isso significa para os demais países, mesmo os aliados? Que foi feito através do Congresso Americano (legislativo) uma espécie de cheque em branco que diz que quase tudo que for contra os EUA é terrorismo.

Bem, em qualquer momento da história humana sempre foi muito perigoso o uso de institutos como o do flagrante preparado, da interceptação ou mesmo da tortura, sob a justificativa de se dar maior segurança à coletividade, se isso não for muito bem acompanhado do devido processo legal para que não haja arbitrariedade da autoridade nem abuso de poder. 


No entanto, no âmbito público, especialmente entre países, há uma carência de definição de regras claras, de como será este jogo político internacional, global, sem fronteiras claras. Afinal, não se espiona mais o inimigo, mas sim qualquer um, em qualquer lugar, a qualquer momento, se houver interesse para tanto, ou com o poder do big data, basta haver poder de processamento para tanto. 

Hoje, pode-se apenas varrer internet e as redes sociais para se descobrir segredos industriais, por exemplo. Muitas vezes isso nem configura ato de espionagem pois o mesmo presume que a informação tenha que estar protegida, como não é possível o crime de invasão se a porta estiver aberta. Se as pessoas publicam tudo e qualquer coisa, inclusive sobre sua rotina, horário, trajetos, projetos, trabalho e até sobre outras pessoas, basta alguém estar olhando para descobrir. 

Por certo o que mudou foi que acabou o glamour. De uma navegação no Facebook ao uso de um sniffer para buscar dados em maquina alheia, banalizamos não apenas a espionagem mas a própria informação. O melhor combate a espionagem hoje envolve educação em segurança da informação. Claro, faz-se essencial celebrar um tratado internacional entre os países da arena política/económica mundial atual para que sejam definidas as novas regras do jogo. Desde o fim da URSS e queda do muro de Berlim, não recombinamos o jogo, e agora todo mundo joga contra todo mundo, e caiu na rede é peixe!


Skandal Spionase di Timor - Leste

Pemerintah Timor Leste menggugat pemerintah Australia ke Pengadilan Internasional terkait skandal intelijen atau spionase. Selain menuduh Australia telah melakukan penyadapan atas perjanjian minyak dan gas di Laut Timor, pemerintah Timor Leste juga menuding pejabat intelijen Australia secara legal telah menyita dokumen dari kantor pengacara Bernard Collaery.

Pada awal Desember 2013, agen mata-mata Australia menggerebek kantor Bernard Collaery di Canbera dan menyita sejumlah dokumen dan rekaman elektronik. Bernard Collaery merupakan kuasa hukum yang ditunjuk pemerintah Timor Leste untuk kasus penyadapan atas perjanjian minyak dan gas di laut Timor yang akan disidangkan di Pengadilan Internasional di Den Haag.

Perdana Menteri (PM) Timor Leste, Xanana Gusmao, telah menyampaikan gugatan resmi terhadap pemerintah Australia terkait skandal mata-mata tersebut, ke Pengadilan Internasional, Rabu (18/12).

Pihak Pengadilan Internasional mengemukakan, pemerintah Timor Leste sangat berkeberatan dengan tindakan penggerebekan dan penyitaan dokumen yang dilakukan agen mata-mata Australia.

Tindakan tersebut dinilai telah melanggar kedaulatan dan hak-hak Timor Leste yang dilindungi di bawah hukum internasional. “Pemerintah Timor Leste menuntut Australia mengembalikan semua dokumen yang disita dan memusnahkan setiap salinan dari dokumen tersebut,” kata pejabat Pengadilan Internasional.

Otoritas Timor Leste juga meminta Pengadilan Internasional mengambil langkah-langkah yang diperlukan termasuk mengamankan dokumen-dokumen dan menegaskan agar Australia menjamin tidak akan mencegat komunikasi antara Timor Leste dengan  penasehat hukumnya.

Skandal penyadapan yang dilakukan intelijen Australia terhadap Timor Leste terungkap dari pengakuan seorang saksi kunci yang merupakan mantan agen intelijen negeri Kanguru itu.

Dia menyatakan bahwa dinas intelijen luar negeri Australia menggunakan sebuah proyek bantuan perbaikan kantor kabinet Timor Leste dengan tujuan menanam perangkat penyadap di dinding gedung kantor untuk menguping pembahasan tentang perjanjian minyak dan gas di Laut Timor antara Australia dan Timor Leste pada 2004.

Perjanjian itu, mengatur pembagian hasil sebesar 50:50 untuk pengelolaan wilayah  tertentu di Laut Timor (CMATS) terutama dari bidang energi yang diperkirakan mencapai US$ 36 miliar. Pemerintah Timor Leste kini berupaya merubah dokumen perjanjian itu karena dinilai lebih menguntungkan Australia.



Monday, December 22, 2014

Cyber Ataka Sony Pictures

Cyber Attack on Sony Pictures

Foin dadaun nee nasaun tomak hakfodak lui lui Estados Unidados America relasionado ho Cyber Atakas nebe afeta ba companhia boot hanesan Sony Pictures Productions. Nebe konsidera fatal tebes e halo kompanhia boot nia sistema parado total. tinan 2014 sai alvos boot ba grupos desconhecidos hodi atakas sitios importantes no sistemas importantes, nebe afeta ba politica nasaun nian e moos ekonomia. Husi Cyber Atakas nee tamba mosu deit filme nebe mak produs husi Sony Picture kona ba interview nebe hamosu liderança Korea do Norte nian hanesan propaganda politica ida nebe Norte Korea konsidera hanesan propaganda barato husi Estados Unidos America hodi kontinua hamate vida ekonomia no politica iha Korea do Norte.


 Ataka ba Sony Pictures nee hahu kedas iha primeiro lansamento filme ida nee rasik, nebe Korea do Norte halo protesta makas ba Nasoes Unidos ba filme nee rasiik tamba halo foer sira nia lideransa nia imagens e cultura Korea do Norte nian.

Korea do Norte halo complain ba Nações Unidos ba filme Interview nebe lansa iha Hollywood Comedy
North Korea has complained to the United Nations about The Interview, a forthcoming Hollywood comedy starring Seth Rogen and James Franco.

Tuir Noticias husi CNN nian, katak hacker sira konsege tama ba iha servidor central sira hanesan iha paises Asia, Europa e moos America Latina e balun iha Estado Unidos Amerika rasiik.

Atakas mai husi fatin sira nee, Seguransa Nacional e moos Agensia FBI nebe halo track fila fali kata atakas sira nee mai husi Korea do Norte rasiik, nebe nia trafiko internet mai husi rute china nian, nebe usa ponto rede china nian ba atakas sira nee hodi bele subar sira nia identidades no fatin nebe sira halo atakas ba.

Husi funu Cyber Atakas bele moos hamonu ekonomia nasaun ida nian, hodi hamate sistemas no informasaun importantes sira iha nasaun sira nebe ohin loron halo kompetisaun makas iha sira nia ekonomia.

Mas sai estranho tebes, ho tempo nebe badak tebes Agensia FBI tau kulpa  Korea do Norte e moos China tamba bele facilita meios sira nee? Sera nasaun sira avansados sira nebe opta ona convensaun conjuta hodi hodi kontra no halo Cyber hodi interesse sira nasaun do ke nasaun sira nebe ekonomikamente hanehan hela sira. Halo atakas e kontra Atakas...........Cyber?

Estados Unidos America lui husi nia Agencia FBI hasai ona statamento katak hahu ohin ba oin sira servisu makas hodi identifika grupos, individual ka nasaun sira nebe mak halo atakas Cyber kontra interesse no sobrenia USA nian.






Friday, December 19, 2014

Controlo Acesso Internet


Kontrolo ba Acesso  Internet: Protesaun ou Censura?

 

Artigu ida nee, hakerek nain hakarak hato ba le nain sira nebe mak iha interesse ba iha area ICT ou moos usa nain sira nebe mak acesso ba iha internet. E moos atu fo hanoin ba estado no Governo ba importancia acesso ba internet.

Iha era globalizasaun mundial nebe Teknologia avansa tebes e hakat lui processu desenvolvimento lubuk ida kompara ho setor seluk. Investimento ba Teknologia ba iha desenvolvimento makas tebes e moos participacao ICT ba desenvolvimento sai terminante tebes.

Timor - Leste hanesan moos nasaun ida nebe mak ukun aan iha era millenium nebe tinan 2000, mundo tomak hanesan pais avansado sira konsege estebelese komunikasaun mundial nebe significante tebes lui husi rede intercontinental ho acesso internet nebe lalais tebes. Konsekuensia ba nasaun desenvolvidos sira hakarak ka lakohi tengki banati tuir, obriga ivestimento teknologia nebe aas tebes e  la iha balansu signfikatifu ba desenvolvimento sustentavel.

Timor - Leste, bele dehan to tinan 12 anos la lakon no la hela leet husi nasaun seluk nebe mak desenvolvido kompara ba utilizasaun ou acesso internet, konforme relatorio ITU, International Telecommunication Union. Internet ohin loron la os buat dificil ida ohin loron atu hetan acesso. Depois de tama 2012, Governo Timor - Leste loke tan oportunidade ba operador nain rua hanesan Telecomcel no Telemor hodi bele halo balansu ba competisaun monopolio Timor Telecom, ho objetifu ida atu bele hetan qualidade ba servisu iha setor telecomunicação, presu nebe baratu e moos ho cobertura rede nebe seguro.  Desenvolvimento ba setor ida nee sai importancia tebes ba nasaun atu hakat hodi lori moos investidor sira tama mai iha Timor - Leste, e moos bele fo returno no taxa ba iha estado Timor - Leste.

Acesso ba internet la konhese fronteira, la hare ba ras, politica, social ou religiaun, media social ohin loron kada ves barak lui mak lui husi social media digital, diskusaun, debates, insultos, odio vingança, problema particular, expressaun humana, crimi infantil e abusos.

Sera ke to ona tempo atu Governo hanoin ona atu kria Lei ida atu kontrola Acesso Internet, hanesan moos nasaun lubuk ida mak halo ona lei kontrola ba acesso internet hodi halo protesaun no censura, exemplo nasaun nebe mak halo lei nebe censura makas tebes ba acesso internet China, Rusia, Pais Medio Oriente, nasaun sira nebe mak konhesidu ho sistema nebe demokratiku tebes iha moos lei ba protesaun no censura internet hanesan iha União Europea, França ho Inglaterra, agora dadaun ita bele hare namas noticias nasaun Turki nebe halo lei censura makas ba acesso internet.

Sera ke Operadores setor Telecomunikasaun nebe existe iha Timor - Leste nee iha sistema nebe prevene ona atu bele protege imagens ba acesso internet iha Timor - Leste, lui lui ba conteudos pornograficos e sira seluk tan. Tamba kuando la iha kontrolo ida maximu no kolaborasaun ida ke maximu husi operadores sira nee moos bele prejudika acesso internet nebe la asseguro tamba la halo filtros ba conteudos websites sira nebe la merese husik lui husi firewall ka rede segurança nian. Para evita katak nasaun Timor Leste mesmu ke foin mak ukun aan tinan 12, iha ona meios nebe seguro hodi protese no kontrolo ba acessu internet sem hein lei ida nebe forte hodi sai punidade ba ema nebe mak usa sala internet.

Ohin loron internet bele sai meios ida nebe mak lori parte positifu no moos parte negatifu, bele moos destroi imagens nasaun nian, vida familiar deskontrolado, vida intelektual la lao ba oin tamba deit sai baruk kopi e pas, lui husi meios facebook bele moos estraga vida familia nebe la harmoniza tamba deit usa sala, fen ho laen bele fahe malu, oan sira bele halo problema tun sae no insultos malu sem iha kontrolo nebe diak husi inan no aman sira, edukador sira la fo importancia ba kontrolo alunos sira nebe mak menor idade tama escola ho acesso internet iha sala laran. Servisu makina Governo la lao ho eficiensia tamba deit kuase 8 horas de tempo funcionarios barak mak acesso ho facebook, jogos online ect.

Sera ke ita nia força defesa e segurança iha ona plano ba oin hanesan plano 2020 ba força nian moos master plan policia nian tau ona importancia ba crimi ciberneutica ou cybercrime, guerra avansada ohin loron maka kontra espionagen no halo espionagen barak lui mak lui husi meios internet, funu ohin loron la precisa usa fisica ka arma boot, maibe lui husi funu atakas hacker nian hamonu sitios ka websites importantes estado nian, no tama ba iha rede governo hodi acesso dados ka arquivos digital nebe sai alta segredo nasaun nian.

Hanesan hau temi ona katak, Acesso ba Internet bele lori buat diak ba desenvolvimento e moos bele lori buat nebe negatifu ba nasaun. Kuando la iha protesaun no kontrolo ida nebe iha balansu.


Kumprimisso setor operadores Telecomunicasaun sira nian, katak tama ba iha tinan 2015 to 2017 rede kobertura sei tama too iha territorio Timor - Leste tomak ho meios teknologia nebe mak avançado tebes compara ho nasaun seluk, hanesan promessa nebe mak Telecomcel halo katak meios teknologias foun nebe mak sei usa hodi acesso ba internet lui husi 4G nebe iha indonesia rasiik seidauk bele implementa. Sim loos duni bele tamba facil bele implementa iha Timor - Leste Teknologias foun sira nee tamba seidauk iha lei ida ke forte atu regula ba usos meios teknologias sira nee, abang bain rua operador setor telecomuikasaun iha Timor Leste bele iha equipamento nebe mak avançado lui setor defesa no seguransa e moos governo, pior lui mak bele kontrola fali estado ida nee. Kuando la estabelese didiak orgaun kompetentes nebe engloba setor hotu hotu ba assunto ida nebe importancia tebes e sai pilar importante ba seguransa nasaun nian.


Iha artigu lui hakerek nain moos hakerek ona kona ba setor segurança ba uso meios teknologia nebe konsidera importante atu iha plano estrategico ida ke klaro atu hahu funda dadaun nia alserse.


Atu halo boa governancia ba acesso internet, Governo tengki hahu ona kria lei nebe mak forte hodi estabelese institusaun regulador proprio no institusaun nacional ba Teknologia de Informasaun e Comunicação, laos deit ANC, tamba tuir decreto lei nebe mak iha, ANC laos atu halao moos servisu ba controlo meios Tecnologia de Informação, Laos ANC mak halo mak apresenta plano no halao knar hodi regula Data Center. ANC laos atu sai fali linha ministerial hodi hare ba assunto Tecnologias iha ministerios sira nebe mak estabelese moos nia acesso ba usos meios teknologias. Sugestaun ida nebe hakerek nain hakarak hato iha lui husi artigu ida nee. To ona tempo atu orgaun kompetente ANC apresenta no halao dadaun mandato nebe decreto lei fo ona dalan no apresenta plano nacional ba setor comunicação ida nebe adequada ba interesse nacional.

Operadores Telecomunicação nebe mak existe dadaun iha Timor - Leste, seidauk iha boa fe ida ke diak ba ajuda desenvolvimento iha setor educação, ou sai moos educador ba usos Tecnologias nebe positivo, la iha promosaun ida ke obrigatorio apresenta husi setor operadores sira atu eduka nia customers sira kona ba acessu internet nebe seguro, so iha deit plano nebe mak hatama acesso internet ba fatin fatin sira nee sem iha sistema ida ke diak hodi protege ou firewall nebe mak blokeia konteudos nebe la merese atu utilizadores sira hare ka ema nebe acesso internet. Acesso internet nebe mak diak ba infantil sira, jogos animasaun lui husi konteudos local nebe edukatifu ba escola infantil sira. Kria Centro pesquisa ciencias tecknologias e kontinua fo ajuda bolsa estudo ba timor oan sira nebe maka iha talento ba desnvolvimento novas tecnologias.

Hakerek ba artigu ida nee, la iha intensaun ida atu hatun no hamenus institusaun ida ka ema ruma nia hanoin, somente atu kontinua fo hanoin no desenvolve informasaun no haburas informasaun nebe positifo ba iha passo desenvolvimento nebe seguro. Husu moos ba le nain sira no komentatores sira atu bele fo moos hanoin no kontribuisaun nebe positifu hodi participa iha desenvolvimento setor TIC iha Timor - Leste.






Tuesday, December 16, 2014

ICT para o Desenvolvimento

Abilio Bernardo Caldas, Cs, MMSI

Titulo: ICT Para o Desenvolvimento

Data Publicação: 9/8/2018

Chafe de Palavra: e-government: Futuro e-government.


ICT Para o Desenvolvimento
Até Quando Governo torna –se realístico na implementação do Plano Nacional das TIC em Timor – Leste? Conforme o plano foi apresentado no decreto-lei do Governo.

Plano Desenvolvimento Nacional de Timor - Leste, Inclui o plano estratégico das Tecnologias.

- O Governo deve concentrar-se em policy making e no uso exemplar de TICs, e
- Ao setor privado cabe mobilizar os recursos necessários e liderar a implementação de infra-estrutura e serviços, segundo uma ótica de mercado.

-  Hoje, já é possível contar com a tecnologia para oferecer funções com maior qualidade e eficiência. O eGovernment (eGOV), também chamado de administração em linha, eGoverno ou governo eletrônico, é o nome do conceito referente ao uso das tecnologias de informação no setor público. É o processo de informatização de relações e serviços dos governos. http://www.transparency.gov.tl/, http://timor-leste.gov.tl/


Mais recentemente, reconheceu-se o papel crucial do Terceiro Setor na articulação e implementação de ações que efetivamente envolvessem a sociedade civil, e especialmente, as comunidades mais carentes.
Não obstante, creio que é necessário reconhecer que, em parte significativa do planeta, a esperada revolução digital não ocorre. 

Mas eu gostaria de levantar a possibilidade de que, em muitos casos, a causa central é desconfiança com relação a pelo menos dois aspectos:

O discurso predominante acerca do que ele (governo) precisa fazer (ex: “privatizar, liberalizar, etc.”), que não poderia soar mais dogmático e intervencionista, mesmo se correto em termos gerais.
O potencial conflito com tradições políticas, religiosas e/ou culturais locais ao país que a introdução aleatória de serviços como Internet (concebidos e disponibilizados segundo o modelo essencialmente “laissez faire” do Ocidente) pode provocar.

Creio que:
(i). O país terá de ser estimulado a buscar e implementar seu próprio modelo de difusão de serviços Internet, alguns mais abertos, outros mais fechados; e
(ii). O “marketing” de iniciativas internacionais de Inclusão Digital terá de ser bastante mais refinado para elicitar melhor compreensão e menos apreensão da parte de governo em desenvolvimento.

 
3. ICT para desenvolvimento é... ?

Creio que todos concordamos acerca da necessidade de se compreender melhor a relação entre “ICT” e “Desenvolvimento”. É, afinal, o que nos trouxe aqui.
“ICT é mais do que Internet”

Sem dúvida, ICT não é só Internet. Aliás, do ponto de vista da população em geral, o serviço mais demandado hoje (e no futuro previsível) é prioritariamente comunicação de voz. Sob outra ótica, é a televisão. Contudo, do ponto de vista de implementação de serviços, o denominador comum que mais e mais influenciam as ações é a adoção de tecnologia Internet (refletida em conceitos e técnicas como “packet switching”, “voice over IP”, “IP over fiber”, etc.), que permite vislumbrar para o futuro (e planear concretamente) uma única infra-estrutura física e lógica que servirá para tudo: voz, rádio, televisão e, até... Acesso à Internet. O que eu quero sublinhar aqui, portanto, é que essa frase tem dois significados. Do ponto de vista de serviços a disponibilizar, ela quer dizer que há mais do que Internet: telefonia, vídeo-conferência, televisão, etc. Do ponto de vista estratégico, ela quer dizer que tudo acabará ficando sobre [tecnologia] Internet, o que implica em que a Internet tende a ser efetivamente o ingrediente central de “ICT para o Desenvolvimento”.

 “O acesso amplo à Internet é requisito básico para o Desenvolvimento”
Esta frase se refere em geral ao acesso à rede Internet mundial, um serviço disponibilizado de forma horizontal, descentralizada e mais ou menos sem controlo apriorístico, a valer o estereótipo vigente no Ocidente. Contudo, essa Internet encontra compreensível resistência em países com tradições políticas, religiosas e culturais de outra natureza. Por outro lado, creio que não há país em que se deixe de reconhecer que tecnologias Internet e delas derivadas (ex: TCP/IP, HTTP, etc.) são os ingredientes essenciais para a implantação de grandes sistemas nacionais, distribuídos, amplamente capilarizados mas integrados, de suporte a áreas como Educação, Saúde, Finanças, etc., que constituem a base para o desenvolvimento. É evidente que, para plena difusão e utilidade de tais sistemas, é ideal a existência de serviços Internet de amplo acesso por parte dos cidadãos, conforme temos no Ocidente. Mas é forçoso reconhecer que tais grandes sistemas podem ter modelos próprios e mais fechados de capilarização dependendo de cada país. Então, eu quero ressaltar aqui é que o ponto de consenso está na tecnologia Internet e não em serviços Internet. 

 (i). A pedra de toque para “ICT e Desenvolvimento”, hoje (e no futuro previsível) está na utilização intensiva de tecnologias Internet (e não tanto na difusão de serviços “open shop” Internet segundo o modelo ocidental que nos é familiar).
(ii). A Internet deve ser vista primariamente como meio para a implantação de outras facilidades, tais como telefonia de voz, serviços de informação, sistemas de apoio a governo, etc.


4. Alfabetização digital não é binária
Talvez o maior desafio na introdução massiva de ICT em países em desenvolvimento seja o da capacitação de recursos humanos, incluindo aqui desde o operador de facilidades de infra-estrutura (computadores, routers, switches, etc.) até o usuário dos serviços disponibilizados. Para o caso do usuário, o termo alfabetização digital tem sido cunhado para definir a “habilidade básica individual para utilizar computadores e navegar na Internet”.

O problema nessa definição é que ela é demasiado reducionista. Ela não leva em conta a possibilidade ou capacidade de um indivíduo se beneficiar de ICT sem que ele opere direta e pessoalmente o acesso aos serviços desejados. Que é o que ocorre quando a pessoa recorre a um “operador” para intermediar o acesso aos serviços.

A lição aqui é de que, antes e talvez em vez de ensinar cidadãos a usar computadores diretamente, é mais importante tê-lo buscando serviços baseados em ICT através da intermediação de terceiros.
Para resumir:

(i). “Alfabetização Digital” é um exemplo de conceito que precisa ser melhor definido ou redefinido, levando em consideração a ótica plano de desenvolvimento. Interpretações mais nuançadas e adequadas propiciarão pontos de partida mais interessantes para a concepção de ações estratégicas de capacitação para o país em que o desafio da inclusão digital é maior.
(ii). Da mesma forma, indicadores para a Inclusão Digital baseados em critérios como contagem de nomes de domínio são uma boa aproximação inicial, mas estão longe de refletir a realidade de um país em que, por exemplo, haja uso maciço de centros coletivos de acesso à rede, compartilhamento de E-Mails por inúmeras pessoas, etc.
Para resumir o ponto que eu gostaria de frisar aqui: é necessário criar um framework de conceitos e medidas de Inclusão Digital no mundo que seja mais permeável a situações locais, e cuja aplicação sistemática não somente permita avaliar um quadro mais rico do progresso do país, como também sinalize as possibilidades e pontos cardeais que o país deve considerar em suas estratégias nacionais.

5. Educação e Saúde para todos
Educação e Saúde são efetivamente duas áreas que qualquer discussão ou ação em ICT para Desenvolvimento precisa priorizar.

- promover aprendizado contínuo e de qualidade, e
Não há dúvida de que esse tipo de uso de ICT é extremamente interessante, no mínimo pelo seu “efeito-demonstração”. Do ponto de vista de implementação, essas aplicações são tremendamente convenientes devido a serem concebíveis e operáveis na forma de portais. Portais têm a propriedade interessante de centralizar informações e serviços e, ao mesmo tempo, descentralizar o acesso (e converter os mecanismos de acesso em um problema complementar, mas distinto). Podem ser rapidamente prototipados e postos em operação, com resultados quase imediatos e muito visíveis. Portais podem ser interligados em hierarquias e distribuídos fisicamente em distintos locais, para atender a necessidades de localização geográfica, institucional, etc. Não surpreende, portanto, que iniciativas internacionais correntes em diversas áreas e temas (saúde, diversidade biológica, apoio a desenvolvimento), tais como a Health Internetwork (WHO), a GBIF (OECD, UNEP, etc.), a Global Development Network (World Bank), etc., sejam estruturadas na forma de portais nacional subordinados a um portal global de alcance mundial.





Gostaria, contudo, de sugerir que a utilidade desse modelo em suporte a áreas como educação e saúde em um país, embora evidente, tem uma limitação séria: é o fato de que a execução concreta de atividades-fim em ensino e atendimento em saúde é altamente difusa, capilarizada e localizada, e é estreitamente relacionada a procedimentos organizacionais administrativos intra e entre instituições que compõem o setor no país; e a eficiência da atividade-fim acaba por ser determinada quase decisivamente por esses procedimentos, embora estes sejam “meramente” atividades-meio (ex: autorização de internação de pacientes, registro de tratamento efetuado, etc.). Isto significa que o grande salto de qualidade e quantidade de oferta implicitada em educação/saúde para todos passa necessariamente pela implementação de grandes sistemas nacionais baseados em ICT.

O ponto então que gostaria de sublinhar, é que o efeito simbólico de portais e de iniciativas similares é certamente imenso, mas o problema maior de uso de ICT esta’ na concepção e implementação de grandes sistemas de cobertura nacional, que tem um papel estruturador de todas as ações em cada área de aplicação.

6. Qual comércio eletrônico?
A função de comércio eletrônico é sem dúvida aquela que viabilizará economicamente a desejada sustentação e o crescimento auto-propelido do uso de ICT . Impulsionar o comércio eletrônico, seja B-2-B ou B-2-C, é portanto uma prioridade estratégica de planeamento. Mas qual comércio eletrônico? Três “pedaços” de respostas talvez sejam as seguintes, sob a ótica de um país em desenvolvimento:

(i). A geografia conta
Há sem dúvida um grande apelo na idéia de que, hoje em dia com sistema bancaria assegura online, eu possa comprar bens e serviços de um fornecedor em Nova York via Internet. Mas me parece que esse apelo de marketing transcende em muito as condicionantes da realidade do dia-a-dia, mesmo em um país em desenvolvimento: boa parte do que eu realmente preciso está disponível localmente, ou, de outra forma, me é trazida por um fornecedor habitual que anota minhas encomendas. Logo, se depender de mim, eu preferirei que as empresas e fornecedores locais que hoje me atendem migrem para a Internet (e, assim, baixem seus próprios custos de operação, aumentem seu leque de ofertas, etc.) e me atendam via meios eletrônicos. Essa lógica B-2-C acima exposta provavelmente se aplica também às empresas e a transações B-2-B no nível da vizinhança, da cidade ou do país, sendo rompida somente quando um ganho apreciável puder ser obtido negociando com alguém “mais de longe”. Parece-me portanto que, mesmo em Comércio Eletrônico, a geografia conta, e muito.

(ii). A “velha economia” é a que mais interessa
Creio que a fase de “boom” da chamada “nova economia” (em que empresas surgiam do nada e principiavam a desafiar continuamente - e com êxito! - a lei da Gravidade econômica) pouco impactou os países em desenvolvimento de uma maneira geral. Nesses países, o que me parece que sempre foi e continua a ser prioritário é a emergência da empresa “click-and-mortar”, i.é, a empresa da velha economia que, mediante o uso de ICT, logra renovar sua forma de operação. A ser correta essa impressão, creio que, mais do que criar novas empresas segundo o corte da nova economia, o esforço maior de países em desenvolvimento deve ser colocado em fazer transitar empresas da velha economia para a nova economia. Ela é que aumentará a competitividade do país como um todo, e é ela que permitirá que o comércio eletrônico se constitua em função agregadora no nível local.

(iii). Small is Beautiful
Finalmente, que classe de empresas devem ser concretamente apoiadas para evoluírem para um modelo fortemente baseado no uso de ICT? No Timor - Leste, andamos examinando a possibilidade de que a resposta seja: micro-empresas e estabelecimentos na ponta mais baixa de cadeias de valor, tais como bancas de jornais, casas lotéricas, lojas de conveniência, etc. Primeiro, porque são os estabelecimentos no limite inferior de comércio B-2-B dentro das respectivas cadeias de valor, e que portanto poderão ser agentes de modernização B-2-B dessas cadeias na direção “bottom up”. Mas, especialmente, porque esses são os estabelecimentos que no mundo concreto prestam serviços ao cidadão comum, inclusive e principalmente ao cidadão de classe social menos favorecida. Levar esse cidadão para o mundo virtual através de alguma política de inclusão digital maciça requer que se levem também os estabelecimentos que ele freqüenta no mundo real.
Para concluir este ponto: para Comércio Eletrônico atuar como um agente subversivo e revolucionário, é melhor olhar para as estruturas existentes do que tentar criar outras, novas. Afinal só se subverte o que já existe. 

7. Para concluir
O que fazer para vencer a Divisão Digital, com o senso de urgência e finalidade que um objetivo expresso como “Diminuição da Pobreza” reforça?
Os vários Grupos-Tarefa em funcionamento e as inúmeras reuniões ocorridas se têm debruçado sobre o tema e produzido listas cada vez maiores de possíveis ações, a partir de exemplos concretos de sucesso e das inúmeras boas idéias que têm sido lançadas. A DOT Force do G-8, em particular, me parece estar começando a produzir a primeira compilação abrangente de possíveis ações a adotar, organizadas na “trilogia WWW”, i.é:
- What: areas of activity
- Who: stakeholders
- Where: categories of countries

Como contribuição a essa atividade de “action-oriented thinking” que estamos exercitando também, e em função das observações que fiz nesta introdução, gostaria de acrescentar a seguinte observação: um conjunto de ações que um país deva adotar em ICT para o desenvolvimento não é uma lista linear de itens. É, ao contrário, um conjunto de ações judiciosamente articuladas entre si e planeados no tempo, de forma a maximizar sua eficácia global. Uma taxonomia de ações para tal fim deve no mínimo distinguir claramente entre:

-Ações capacitadoras: incluem esforços de “awareness raising”, “policy making”, capacitação de recursos humanos, avaliação e prospecção tecnológica, marketing político, aplicações pioneiras e de demonstração, etc. Aqui, organismos internacionais e governos têm de trabalhar em estreita cooperação e pactuar atuação. São por outro lado as ações mais necessárias em um horizonte de curtíssimo prazo.

- Ações estruturadoras: são as grandes ações que implantarão as espinhas dorsais e as funções principais de uma nova estrutura física e orgânica (baseada em uso intensivo de ICT) em um país, de tal sorte que, em complemento, ações mais pontuais e localizadas envolvendo ICT terão condições de decolar mas, principalmente, de se sustentar e crescer espontaneamente. Incluem implementação de infra-estrutura de telecomunicações, backbong de Internet, grandes sistemas nacional para educação e saúde, banking e logística, etc. Aqui, governo n e o setor privado terão de trabalhar em papéis complementares mas em considerável harmonia, porque os investimentos necessários serão os maiores, a complexidade de planeamento e execução será grande, e os resultados concretos não se farão sentir senão após vários anos de trabalho continuado.

- Ações Locais: serão as ações que terão a ver com aplicações em áreas específicas, empreendedorismo, ação comunitária, treinamento continuado, difusão local de acesso a Internet, etc. Elas serão obviamente muito mais numerosas e espontâneas do que as dos tipos anteriores, serão muito heterogêneas (sendo a variedade um ponto a favor!), e terão muitos atores envolvidos. Os investimentos necessários serão pulverizados em miríades de projetos e portanto muito distribuídos. Os resultados serão visíveis a curto prazo. Aqui, o jogo estará mais nas mãos do setor privado e do terceiro setor, cabendo ao governo velar pela articulação dessas ações às ações estruturadoras que ele tenha planeado e pactuado.
Por último, para realmente finalizar, gostaria de acrescentar o seguinte pedido urgente: é indispensável que encontremos formas para que o país em desenvolvimento possa efectivamente.