A estação terrena mais
popular que existe é a VSAT, uma abreviatura
para Very Small Aperture Terminal. Geralmente são
estações com antenas variando de 80 cm
a 2 metros e pouco de diâmetro.
Arquitetura
Uma rede VSAT é composta de
um número de estações VSAT e uma
estação principal (“hub station”).
A estação principal
dispõe de antena maior e se comunica com todas
as estações VSAT remotas, coordenando
o tráfego entre elas. A estação
“hub” também se presta como ponto
de interconexão para outras redes de comunicação.
Topologias
Existem duas topologias de redes
VSAT: a estrela e a malha (“mesh”). Na topologia
em estrela as estações VSAT se comunicam
exclusivamente com a estação “hub”
e na topologia em malha há comunicação
direta entre as VSATs.
Na topologia em estrela, para
uma estação VSAT se comunicar com outra
estação do mesmo tipo deve se comunicar
com a estação “hub” e esta
retransmitir o sinal para a outra estação
VSAT, ocorrendo nesse caso o fenômeno denominado
de duplo salto, pois o sinal vai e volta duas vezes
do satélite.
Constituição física
Uma estação VSAT é
composta de duas unidades físicas distintas,
a Unidade Externa (ODU – “outdoor unit”)
e a Unidade Interna (IDU – “indoor unit”).
Na ODU fica a antena, alimentador e a parte de RF, o
transmissor e o receptor propriamente dito.
Na IDU fica
toda a parte de banda básica, constituída
essencialmente do modem. A IDU se conecta à ODU
por meio de cabos coaxiais onde a transmissão
é feita a nível de frequência intermediária
(FI), geralmente na faixa de 2 GHz. A distância
máxima que a ODU pode ficar da IDU varia de 50
a 100 metros.
Alocação de canais
Para que uma estação
VSAT se comunique é necessário que à
mesma esteja associado um canal de RF. Essa associação
pode ser permanente ou por demanda, variando dinamicamente.
Quando a associação é permanente
existe um canal fixo para cada VSAT e temos o método
de alocação PAMA (“Permanent Assignment
Multiple Acess”) ou acesso múltiplo com
alocação permanente.
Quando a alocação
é dinâmica existe um “pool”
de canais administrados pela estação “hub”
do qual são alocados os canais para cada VSAT
na medida em que sejam solicitados e para o qual são
liberados ao término do uso. Neste caso temos
o método de alocação DAMA (“Demand
Assignment Multiple Access”) ou acesso múltiplo
com alocação por demanda.
Métodos de acesso
Seja a alocação de
canais PAMA ou DAMA, existe uma variedade de métodos
de acesso e partilhamento de canais. Os principais são
mostrados a seguir:
- TDMA (“Time Division Multiple Acess”) ou acesso múltiplo por divisão de tempo, no qual a cada canal está associado um intervalo de tempo que se repete periodicamente;
- FDMA (“Frequency Division Multiple Access”) ou acesso múltiplo por divisão de frequência, no qual a cada canal está associada uma frequência;
- FTDMA (“Frequency Time Division Multiple Access”) ou acesso múltiplo por divisão de frequência e tempo, que é uma combinação dos dois anteriores, onde cada canal está associado um par ordenado de frequência e intervalo de tempo;
- CDMA (“Code Division Multiple Access”) ou acesso múltiplo por divisão de código, que utiliza a técnica de espalhamento espectral (“spread spectrum”) onde a cada canal está associado um código, que é a chave de decodificação daquele canal.